Fibromialgia e Doenças articulares inflamatórias – como diferenciar?
2 de junho de 2022
A fibromialgia é uma condição que gera dor muscular generalizada, de forma crônica (normalmente dura mais de 3 meses) mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor (como dor, inchaço e calor nas articulações, músculos e tendões). Acomete mais mulheres que homens, entre 30 a 50 anos de idade, mas pode aparecer em qualquer idade.
A fibromialgia pode ter outros sintomas associados como sono não reparador (sono que “não descansa”), cansaço ou fadiga que dura o dia todo. Também pode ser acompanhada de distúrbios de humor (ansiedade e depressão) e muitos pacientes se queixam de alterações de concentração e memória.
Ainda não existe uma causa totalmente esclarecida para a doença, mas a principal hipótese é de que esses pacientes com fibromialgia tem uma alteração na percepção da dor no sistema nervoso central (cérebro), causando uma sensação de dor muito mais acentuada do que em pacientes saudáveis. A doença pode ser gerada após um gatilho como trauma físico ou emocional, uma doença grave ou uma dor mal tratada ao longo do tempo. A alteração do sono, problemas de humor e concentração parecem ser causadas pela dor crônica e não o contrário.
O diagnóstico é clínico, ou seja, na associação da história e exame físico do paciente, além de exames laboratoriais que auxiliam a afastar outras condições que podem causar sintomas semelhantes. Não há nenhuma alteração dos exames que indicam inflamação – VHS (velocidade de hemossedimentação) e PCR (proteína C reativa).
Hoje existem diversos tratamentos para a fibromialgia mas o principal é o tratamento não-medicamentoso sendo essencial o exercício físico aeróbico (aquele que acelera os batimentos do coração e mexe o corpo todo). Esta parece ser a melhor maneira de reverter a sensibilidade aumentada à dor gerando uma melhora na qualidade de vida desses pacientes. As medicações podem ser úteis para diminuir a dor, melhorar o sono e trazer mais disposição, com o objetivo de permitir a prática de exercícios físicos.
Se você apresenta algum desses sintomas acima, procure um Reumatologista para realizar uma avaliação!